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MEIO DIA


O 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, é uma data de grande importância em Portugal e além fronteiras, sendo um símbolo da luta dos trabalhadores pelos seus direitos, pela dignidade no trabalho e pela justiça social.


Esta data está intrinsecamente ligada aos ideais Maçónicos dos quais somos fieis guardiões, reflectindo a luta incessante do Homem por um mundo mais justo.


Historicamente, o 1.º de Maio tem as suas raízes nas manifestações operárias que ocorreram em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886.


Estes trabalhadores reivindicavam melhores condições laborais, nomeadamente a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.


A repressão violenta destas manifestações culminou naquilo que ficou conhecido como o massacre de Haymarket, um evento que viria a simbolizar a luta dos trabalhadores por direitos e justiça laboral em todo o mundo.


Em Portugal, a celebração do 1.º de Maio como Dia do Trabalhador foi proibida durante o regime do Estado Novo, um período marcado pela repressão e pela negação de direitos laborais e sindicais.


Após a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, o 1.º de Maio ganhou um novo significado e passou a ser celebrado livremente, simbolizando a conquista da liberdade e o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores.


Os Maçons, historicamente envolvidos em movimentos progressistas e reformistas, defenderam a necessidade de melhorar as condições de vida e trabalho, firmando a sua crença na dignidade de todos os indivíduos e na necessidade de justiça social.


Na Europa, o 1.º de Maio tornou-se uma data de celebração e reflexão sobre os avanços e desafios nos direitos laborais.


As manifestações e eventos que ocorrem neste dia são um testemunho da contínua luta dos trabalhadores por condições de trabalho justas, pelo direito à greve, pela igualdade de oportunidades e pela protecção social.


Além disso, esta data tem sido um momento importante para a solidariedade internacional entre os trabalhadores, promovendo a unidade e a cooperação entre os povos e nações.


A influência do 1.º de Maio estende-se além das questões laborais, espelhando os princípios de democracia e participação cívica.


Em Portugal, as celebrações do Dia do Trabalhador após a Revolução dos Cravos evidenciaram o papel fundamental dos trabalhadores na construção de uma sociedade democrática, onde o diálogo e a negociação são meios essenciais para alcançar o progresso social.


Em conclusão, o Dia do Trabalhador é uma data que ressoa profundamente nos corações dos Portugueses, simbolizando a luta contínua por uma sociedade mais justa e fraterna.


Os ideais Maçónicos de liberdade, igualdade e fraternidade encontram no 1.º de Maio uma expressão vívida e poderosa, relembrando a todos a importância de continuar a lutar pelos direitos e pela dignidade de todos os trabalhadores.


Assim, esta data permanece como momento chave para reflectir sobre os avanços sociais alcançados e os desafios que ainda persistem na busca por um mundo de oportunidades iguais para todos.  


Lisboa, 01 de Maio de 2024


Nuno Tinoco XV Grão-Mestre da Grande Loja Nacional Portuguesa




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